As fotos todas são do meu banco pessoal, fotos da militância, das ruas, da vida...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Nota da Associação Londrinense de Saúde Mental sobre a saída do Tykanori da coordenação nacional de saúde mental

" A Associação Londrinense de Saúde Mental, vem por meio desta manifestar-se publicamente quanto a saída do coordenador nacional de saúde mental Roberto Tikanori, cuja história de luta a favor da Reforma Psiquiátrica sempre nos inspirou, ao contrário do atual nomeado Valencius que teve sua história na saúde mental marcada por atos e diligências que contrariam nosso modelo, que está sendo construído as duras penas, não podemos aceitar esse retrocesso.

Continuaremos pressionando para que sigamos na construção e aperfeiçoamento da reforma psiquiátrica que ressignificou a vida de milhares de brasileiros que sofrem com transtorno mental e ou fazem uso de drogas.

A associação se une a várias vozes pelo Brasil pedindo que o Ministro da Saúde, junto com a presidenta Dilma revogue esta nomeação e traga de volta a felicidade e tranquilidade que o Tykanori nos trouxe ao longo destes anos. #fica Tyka #fora Valencius!"


domingo, 6 de dezembro de 2015

I Jornal do CAPS AD de Apucarana- confiram!

Jornal “Lambe Lambe” do CAPS AD de Apucarana- Paraná


Como funciona o CAPS AD de Apucarana?


lam·be·-lam·be
(forma do verbo lamber)
substantivo masculino
1. [Brasil, Informal]  Fotógrafo que trabalha em espaços públicos, geralmente ao ar livre.
2. [Brasil, Informal]  Primeira fila de teatro de revista.

"lambe-lambe", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
http://www.priberam.pt/dlpo/lambe-lambe [consultado em 27-09-2015].

Um lambe-lambe é um cartaz com conteúdo artístico e/ou crítico colado em espaços públicos. É uma forma de intervenção criativa na sua cidade, com o poder de despertar as pessoas para reflexões que em geral não estão presentes no nosso dia a dia.

O centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas de Apucarana é um serviço de porta aberta do Sistema Único de Saúde (SUS), que vem na construção de um modelo de cuidado que seja substitutivo à internação psiquiátrica. Como isso é possível?


Primeiramente a pessoa é acolhida, escutada e ouvida, feito isso elaboramos seu plano de cuidados, o que chamamos de “projeto terapêutico singular”. Daí dependendo da intensidade do sofrimento e do uso de drogas construímos junto com o usuário a maneira que ele vai ser cuidado aqui no caps.

Será definida a sua participação de acordo com a necessidade: uma vez por semana, o dia todo, meio período, ou dependendo da intensidade dos sintomas, todos os dias. Quando o usuário trabalha o dia todo, temos a opção do grupo terapêutico noturno tanto para os usuários quanto familiares.

Quando os sintomas exigirem medicação, agendamos psiquiatra.  Se houver necessidade de atendimento psicológico, assim o faremos. Oferecemos ainda, oficinas diversas (artesanato em jornal, confecção de tapetes, bordados, música, pintura, horticultura, filmes, beleza e saúde, e poesias) e grupos terapêuticos (com diversos profissionais como assistente social, enfermagem e a psicologia), temos também o grupo de início de semana- para escutarmos como foi o fim de semana dos usuários, e grupo de mulheres). Estas “opções de cuidado” são traçadas junto ao usuário, de acordo com o seu perfil, gosto, afinidades e necessidades. 

Além disso realizamos: visitas domiciliares (a quem necessite e quando a família solicita), reuniões de famílias, passeios como forma de socialização, festas, assembléia de usuários (momento em que os mesmos se posicionam a respeito do seu tratamento e sugerem melhorias no serviço);


Reunião da Associação de Usuários, Familiares, Trabalhadores e Amigos da Saúde Mental de Apucarana
Também apoiamos a Associação de Usuários, Familiares, Trabalhadores e Amigos da Saúde Mental, estimulando a participação de nossos usuários na geração de trabalho e renda por meio da economia solidária.

Participamos uma vez por mês da Associação dos Artesãos de Apucarana, expondo o trabalho dos usuários do CAPS AD.

Artesanato desenvolvidos pelos usuários durante as oficinas




Poesias do A.
Minha vida é cheia de espinhos
Parece um mar cheio de ondas
Vivendo assim sozinho
Não tem homem que dá conta
Sofrendo na solidão
É duro segurar as pontas

Vida boa é de rainha
Vive em cima da riqueza
Rouba as coisas dos outros
Para enfeitar as princesas
Vive farto arregalado
E, não sabe o que é tristeza

A alegria é coisa boa
Junto com a felicidade
Se nasce do coração
Vai embora e deixa saudade
Mas se vem do pensamento
Só resta pura maldade



Depoimento de uma usuária
Sou adicta, tenho 22 anos, já passei por 5 internações.
Com elas nenhuma tive retorno positivo, é bom, faz pensar, ter disciplina, mas depois de várias delas voltei com mais força no meu problema, na minha doença, voltando a usar com mais freqüência e em maior quantidade.
Não culpo nenhum hospital, mas é que para mim, não resolveu.
Agora com essa terapia aqui no caps, tenho mais ansiedade para vir e para concluir minhas atividades.
Não gosto de coisas maçantes que existem nas comunidades, enjoa, cansa e se torna chato escutar conselhos.
E, também existem pessoas arrogantes que comandam esses lugares, enfim, prefiro ficar em casa e buscando ajuda aqui no caps para me sentir bem.
Sinto aqui disposição e força de vontade. Talvez porque seja o meu tempo, a minha vez de parar. Ou talvez aqui seja o melhor lugar pra nos recuperarmos (14-05-2015)


   Depressão e alcoolismo
Quando se fala em dependência de substâncias, a preocupação maior é com as drogas ilícitas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, dentre tantas outas). No entanto não podemos esquecer que outas drogas como álcool e cigarro estão camuflados sobre o manto do socialmente aceitável. São drogas cuja venda é livre e culturalmente ligadas a imagem do lazer e à sociabilidade.
É preciso estabelecer uma distinção entre os padrões de consumo do álcool.
Há os que não tem problemas ao beber,os que fazem uso abusivo e os que são dependentes dessa substância.
A pessoa torna-se dependente ao álcool à medida em que precisa fazer uso de quantidades mais elevadas do álcool para obter os mesmos efeitos da substância (tolerância), ou quando algumas horas ou dias sem fazer uso da mesma o usuário começa a apresentar sintomas de abstinência (dor de cabeça, tremores, irritabilidade, falta de sono, fadiga); ou mesmo quando o uso compulsivo da substância começa a afetar seu funcionamento familiar, profissional e social.
Quando falamos em dependência ao álcool é comum a associação com outra doença mental, a depressão.
Sozinhos, alcoolismo e depressão já são preocupantes. Porém, por vezes, as duas doenças são diagnosticadas na mesma pessoa.
Sabe-se que pessoas deprimidas têm mais problemas relacionados ao álcool do que os não deprimidos e que as pessoas que têm problema com abuso de álcool também apresentam um risco maior de desenvolver um quadro depressivo. Ambas as doenças têm tratamento psicológico, em alguns casos medicamentoso, grupos de apoio para o paciente e família.
No município dispomos do CAPS AD (tratamento de dependência ao álcool e drogas), CAPS infantil (tratamento de transtornos