As fotos todas são do meu banco pessoal, fotos da militância, das ruas, da vida...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Meu artigo sobre medicação de depósito em saúde mental e equipe saúde da família já está no ar!
"O cuidado aos usuários com transtorno mental em tratamento com
medicação de depósito: percepções da equipe saúde da família"
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/8680/13731
foto: http://jornadapsiqsistemica.wordpress.com/
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Nota Pública da Associação Londrinense de Saúde Mental sobre atendimento de urgência em saúde mental na UPA de Londrina
Motivos pelos quais somos a favor da retirada do pronto atendimento de saúde mental do CAPS III
1- O paciente é visto apenas nos aspectos da doença mental e perde-se a dimensão da integralidade;
2- A lógica da exclusão se mantém, pois a visão tradicional, a qual o movimento da reforma psiquiátrica procura desmistificar se fortalece;
3- Os pacientes que necessitam de cuidados durante a crise muitas vezes precisam de intervenções pontuais e devem ter seus direitos garantidos;
4- Por questão de economia de recursos do sus. Não tem lógica o funcionamento de um serviço 24 que atenda apenas a demanda da saúde mental, já que existem outros locais que deveriam estar preparados para absorver também essa demanda;
5- Por existir uma central de regulação seria o esperado que os pacientes fossem regulados para toda a rede;
6- Combate ao preconceito. Os pacientes com transtorno mental não são todos agressivos e muitos que chegam nos pronto atendimentos não são pacientes com transtorno mental, é muito comum pessoas fazerem uso esporádicos de substâncias e terem reações agressivas, a lógica do senso comum tem sido diagnosticar como pacientes com transtorno por uso de substância psicoativas e até com surtos. Existe sim a necessidade de tratamento, mas seria em outros momentos e após o atendimento na rede de urgência/emergência devem ser encaminhado para a rede psicossocial. Pois essa é a lógica que preconiza o ministério da saúde;
7- Temos que fazer valer a lei 10.216;
8- Também concordamos que os profissionais da UPA também precisam de capacitação adequada para melhor atender o público em sofrimento mental, se não o tiverem estão sujeitos a um mal acolhimento;
9- Também reiteramos que a capacitação dos profissionais da UPA deverá ser realizada por equipe multiprofissional baseada nos preceitos da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial;
Atenciosamente,
Diretoria da Associação Londrinense de Saúde Mental
CARTA DO I ENCONTRO NACIONAL DA RAPS- Rede de Atenção Psicossocial
Nós, trabalhadores, usuários e familiares, participantes do Encontro Nacional das Redes de Atenção Psicossocial, exercendo o protagonismo politico que nos cumpre, vimos manifestar nossa preocupação face ao atual momento da Reforma Psiquiátrica, trazendo algumas reflexões necessárias ao seu enfrentamento.
Na presente conjuntura, constatamos a grave ameaça de retrocesso representada pela politica governamental para a atenção às pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas. O financiamento das comunidades terapêuticas por verbas públicas, o número sempre crescente de internações compulsórias, as medidas higienistas em geral, revelam a admissão implícita, por parte do poder público, do discurso moralizante da famigerada guerra às drogas, reeditando, perigosamente, a estrutura e as concepções do manicômio. Tal politica se coloca em clara contradição com nossa valiosa pratica do cuidado em liberdade, ferindo, ademais, a garantia constitucional da saúde como direito e dever do Estado.
Reivindicamos, pois, ao poder publico, e, muito especialmente, ao Ministério da Saúde, a adoção de uma política decidida e coerente no âmbito do uso prejudicial de álcool e outras drogas, segundo os princípios da Reforma Psiquiátrica e do SUS, que vimos tão arduamente sustentando no cotidiano das nossas redes.
Ademais, há vários outros pontos ainda frágeis na consolidação da Reforma Psiquiátrica brasileira. Dentre eles, aqui elencamos alguns. A precariedade da atenção à crise nas Redes de Atenção Psicossocial, impedindo o indispensável fechamento dos mais de 30 mil leitos em hospitais psiquiátricos ainda existentes no país torna inadiável o investimento nos CAPS IIII. As dificuldades na montagem de RAPS efetivamente territorializadas e descentralizadas requer o compromisso efetivo do Ministério da Saúde, assegurando, acompanhando e fiscalizando a sua implantação. O grande descompasso entre a formação oferecida pela universidade e aquela requerida para os trabalhadores das redes mostra a necessidade de radicalizar o ensino e a transmissão nas RAPS, fazendo florescer seu vigoroso potencial formador. É preciso valorizar e difundir equipamentos tipo Centros de Convivência, inventivos e inovadores, voltados para a produção de arte, cultura e lazer, com a garantia de seu financiamento pelo Ministério da Saúde e Secretarias de estado. Urge, ainda, opormo-nos firmemente a todas as formas de privatização da Saúde e precarização dos vínculos de trabalho, tais como aquelas promovidas pelas OS e outras modalidades de terceirização do SUS.
Desejamos louvar o empenho e o zelo da equipe da Coordenação Nacional de Saúde Mental, ao realizar este primeiro Encontro Nacional das RAPS, cumprindo a importante função de acolher generosamente os 3.000 participantes, dispostos a lutar por seu trabalho e pelos princípios que o regem. Que venha logo o segundo encontro, construído de forma coletiva com os trabalhadores, usuários, familiares, movimentos sociais, ainda mais participativo, democrático e desinstitucionalizado, propiciando também, cada vez mais, a politização do debate, a formulação precisa das questões, a deliberação conjunta de estratégias para o seu enfrentamento.
Concluindo, enfim, ressaltamos o nosso desejo de atuar como parceiros e interlocutores desta Equipe, para modificar as complexas relações politicas em jogo na construção da Reforma, buscando torná-las favoráveis ao nosso belo e apaixonado projeto de uma sociedade sem manicômios.
Documento aprovado na plenária de encerramento do I ENCONTRO NACIONAL DA RAPS
Pinhais, 06 de dezembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Desabafo sobre a saúde em Londrina...
É tanto talento desperdiçado, é tanta gente querendo fazer diferente. É tanta falta de acolhimento dos problemas que os ACS- agentes comunitários de saúde- trazem nos seus dias a dia, que poderia levá-los à alienação, mas não, eles estão ali mais porque amam a profissão, mais do que qualquer coisa, mais porque relutam em pensar projetos terapêuticos, em grupos na comunidade para os nossos usuários de saúde. Não entendo por quê tamanha indiferença dos meus colegas de profissão... temos que rever nossas práticas, nossa formação, nossos processos de trabalho. Apenas um desabafo...
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Poema de um Redutor de Danos
Massa Instantânea- por Carlinhos Guarnieri- redutor de danos do RS
Eu falo de uma massa, que não é espaguete
É uma massa crua, é o menino de rua, rotulado de pivete, pela educação escrava.
Eu falo de uma massa que não é macarrão.
É o guri sem teto, sem afeto, analfabeto, seu colchão é o chão, vida de cão sem raça.
Eu falo de uma massa, que não é massa folhada.
Pede grana no sinal, só tem folha de jornal, contra o frio da madrugada, sua pele é sua couraça.
Eu falo de uma massa que não é de pastel.
Recheada de vento e dormindo ao relento,
O seu teto é o céu, seu recheio é só carcaça.
Eu falo de uma massa que não é ravioli
Intragável, indigesta, que a princípio não presta.
E que ninguém engole, o que no mole, despedaça.
Eu falo de uma massa que não é parafuso.
É o moleque inteligente que de tanto solvente, vai ficando confuso, enquanto o tempo passa...
Eu falo de uma massa que não é panqueca.
Fissurada no crack, a mente sente o baque, enquanto o corpo seca, e a vida embaraça.
Eu falo de uma massa que não é capelete.
Não tem armas pra luta, nem força pra disputa, por isso nem compete, fica vivo por pirraça.
Eu falo de uma massa que não é o miojo.
Boicotada, atrofiada, que não é valorizada, a elite tem nojo, seu paraíso é a praça.
Vem agora e abraça a massa instântanea, que não quer ficar no molho, mas transceder o teu olho, que tua atitude espontânez, vem agora e ABRAÇA!
Eu falo de uma massa, que não é espaguete
É uma massa crua, é o menino de rua, rotulado de pivete, pela educação escrava.
Eu falo de uma massa que não é macarrão.
É o guri sem teto, sem afeto, analfabeto, seu colchão é o chão, vida de cão sem raça.
Eu falo de uma massa, que não é massa folhada.
Pede grana no sinal, só tem folha de jornal, contra o frio da madrugada, sua pele é sua couraça.
Eu falo de uma massa que não é de pastel.
Recheada de vento e dormindo ao relento,
O seu teto é o céu, seu recheio é só carcaça.
Eu falo de uma massa que não é ravioli
Intragável, indigesta, que a princípio não presta.
E que ninguém engole, o que no mole, despedaça.
Eu falo de uma massa que não é parafuso.
É o moleque inteligente que de tanto solvente, vai ficando confuso, enquanto o tempo passa...
Eu falo de uma massa que não é panqueca.
Fissurada no crack, a mente sente o baque, enquanto o corpo seca, e a vida embaraça.
Eu falo de uma massa que não é capelete.
Não tem armas pra luta, nem força pra disputa, por isso nem compete, fica vivo por pirraça.
Eu falo de uma massa que não é o miojo.
Boicotada, atrofiada, que não é valorizada, a elite tem nojo, seu paraíso é a praça.
Vem agora e abraça a massa instântanea, que não quer ficar no molho, mas transceder o teu olho, que tua atitude espontânez, vem agora e ABRAÇA!
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Formação para agentes comunitários, auxiliares e técnicos de enfermagem sobre álcool, crack e outras drogas- relato da experiência
A formação para agentes comunitários, auxiliares e técnicos de enfermagem pelo Projeto Caminhos do Cuidado para capacitação em álcool, crack e outras drogas iniciou-se em Londrina. Temos vivenciado muitos bons momentos, como eu já imaginava tem sido muito mais fácil trazer conceitos de redução de danos, acolhimento, vínculo, corresponsabilização, escuta para eles do que muitas vezes para profissionais de nível superior. São conceitos que sabem de cor e salteado e que fazem mesmo sem saber que estão fazendo. Tem sido maravilhoso os relatos do aproveitamento deles no curso. O curso está transpirando energia boa e vontade de fazer diferente, o pessoal da enfermagem esbanja simpatia e humanismo, e os ACS nem se fala, esbanjam criatividade e força de vontade, todos eles fazem redução de danos sem saber!
Obrigada por tudo! Tem sido maravilhoso estes ótimos momentos com vcs, até rap sobre redução de danos surgiu, filme, fotos!
Só falta valorização destes profissionais!
Obrigada por tudo! Tem sido maravilhoso estes ótimos momentos com vcs, até rap sobre redução de danos surgiu, filme, fotos!
Só falta valorização destes profissionais!
domingo, 27 de outubro de 2013
Práticas de HumanizaSUS- Não ganhamos o concurso cultural, mas continuamos humanizando!
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Congresso de Psicologia da UEL
Hoje, a melhor fala da mesa sobre saúde mental e direitos humanos no Congresso de Psicologia foi a do usuário e presidente da associação Paulo Donizete Oliveira, sem dúvida a fala dele teve um peso enorme e mostra que nós da associação londrinense de saúde mental está no caminho certo. Não faria sentido algum nós profissionais de saúde estarmos à frente, mas também não podemos nos omitir e deixarmos de estimular o engajamento político destas pessoas. Sua fala nos move e não nos deixa desanimar da luta antimanicomial. "Porque pressão alta tem que ser atendida prontamente e a dor emocional tem que esperar..." genial sua fala! Parabéns Paulo!
Nota de Indignação
Eu queria aqui registrar que um familiar de um colega meu faleceu dentro de um "hospital psiquiátrico aqui de Londrina", causa da morte: infarto. Voltou morto da internação. Fico triste com notícias destas, porque ninguém em sã consciência quer ver uma pessoa ao qual tive contato falecer de maneira tão idiota. Viveu de internação em internação, a base de muitos remédios, e morreu mais como uma estatística. Infarto de tantos remédios, de sedentarismo porque ficava confinado. Quando registro minha tristeza e indignação é para chamar a atenção para algo tão trágico e que passa despercebido pela maior parte das pessoas. O hospital psiquiátrico cheira à morte! Quero que sua morte não fique em vão e nos chame a atenção para o direito destas pessoas, e como às vezes a miséria humana está ficando cada mais evidente nos dias de hoje. Por trás da luta antimanicomial tem vidas que anseiam por liberdade, não é uma luta à toa! A., vive!
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Nota Pública da Associação Londrinense de Saúde Mental sobre a morte de Dona Vilma
Londrina, 12 de agosto de 2013
Nota Pública da Associação Londrinense de Saúde Mental sobre a tragédia ocorrida com a Dona Vilma, Neta e a mãe de Diego
Uma tragédia como a ocorrida no final de semana retrasada envolvendo o assassinato de familiares ou mesmo envolvendo pessoas queridas como a Dona Vilma, grande mulher e figura pública de Londrina despertam logo de imediato vários sentimentos, raiva, medo, e vingança. E, também queremos respostas rápidas para tentar compreender o quê aconteceu? Movidos pelo sentimento de indignação e vingança muitas vezes temos visto pessoas de bem dizerem coisas do tipo: “é necessário mais hospitais psiquiátricos”, “os CAPS não valem nada”, e assim vai... Pérolas anacrônicas sem nenhuma reflexão prévia!
A tragédia ocorrida nos faz pensar sobre várias questões e uma delas com certeza diz respeito de como estamos lidando com nossas pessoas em sofrimento mental e/ou em uso de álcool e outras drogas.
Será que estamos respondendo realmente às demandas que estas pessoas precisam? Será que só estamos internando e não acompanhamos a continuidade de tratamento e acompanhamento destas pessoas? Temos leitos psiquiátricos em hospital geral? Temos equipe multiprofissional capacitada e psiquiatras em número suficiente em nossos CAPS- Centros de Atenção Psicossocial? Temos capacitação para os profissionais da rede substitutiva (CAPS) e para os demais membros da rede de saúde e dos demais serviços públicos? Os locais que acolhem a urgência e emergência em saúde mental são adequados? Temos CAPS em número suficiente?Estes serviços de fato funcionam com uma visão psicossocial de reinserção e proteção ou são apenas ambulatórios? Nossos CAPS são municipalizados recebem o investimento necessário?Ou no momento existem somente para cumprir normativa do governo federal?Para onde vai a maior verba destinada a saúde mental em Londrina e região,para os CAPS ou pra os hospitais Psiquiátricos?
Estas são algumas das indagações que devemos fazer para que pelo menos estejamos mais preparados em situações como esta. Histórias como a destes assassinatos, ocorrem sim cotidianamente, porém em menor proporção e com menor impacto porque na maioria das vezes envolvem vitimas anônimos. Mas é preciso dar sentido para o ocorrido e a constatação é inexorável, há pouquíssimos investimentos na saúde mental, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal. Londrina, como referência para outros municípios da 17ª Regional de Saúde deve se organizar para dar suporte humanizado e resolutivo para nossa rede de atenção psicossocial em saúde mental, que hoje está agonizando!
Assim, os gestores precisam ter mais cuidado com nossa saúde, pois o quê nós usuários, familiares e trabalhadores da saúde mental temos presenciado é um verdadeiro descaso com a saúde mental.
Deixamos aqui nossos pêsames para a família da Dona Vilma também pela sua mãe e pela neta. Vilma foi sem sombra de dúvida grande lutadora social, que sempre batalhou pelo acesso ao direito à saúde e à dignidade humana!Nossa solidariedade se estende também à família do jovem Diego acusado pelo crime. Só temos que lamentar o desfecho desta história que retrata tristemente no que a negligência com a saúde mental em nosso município pode resultar. Muito triste!
Nota Pública da Associação Londrinense de Saúde Mental sobre a tragédia ocorrida com a Dona Vilma, Neta e a mãe de Diego
Uma tragédia como a ocorrida no final de semana retrasada envolvendo o assassinato de familiares ou mesmo envolvendo pessoas queridas como a Dona Vilma, grande mulher e figura pública de Londrina despertam logo de imediato vários sentimentos, raiva, medo, e vingança. E, também queremos respostas rápidas para tentar compreender o quê aconteceu? Movidos pelo sentimento de indignação e vingança muitas vezes temos visto pessoas de bem dizerem coisas do tipo: “é necessário mais hospitais psiquiátricos”, “os CAPS não valem nada”, e assim vai... Pérolas anacrônicas sem nenhuma reflexão prévia!
A tragédia ocorrida nos faz pensar sobre várias questões e uma delas com certeza diz respeito de como estamos lidando com nossas pessoas em sofrimento mental e/ou em uso de álcool e outras drogas.
Será que estamos respondendo realmente às demandas que estas pessoas precisam? Será que só estamos internando e não acompanhamos a continuidade de tratamento e acompanhamento destas pessoas? Temos leitos psiquiátricos em hospital geral? Temos equipe multiprofissional capacitada e psiquiatras em número suficiente em nossos CAPS- Centros de Atenção Psicossocial? Temos capacitação para os profissionais da rede substitutiva (CAPS) e para os demais membros da rede de saúde e dos demais serviços públicos? Os locais que acolhem a urgência e emergência em saúde mental são adequados? Temos CAPS em número suficiente?Estes serviços de fato funcionam com uma visão psicossocial de reinserção e proteção ou são apenas ambulatórios? Nossos CAPS são municipalizados recebem o investimento necessário?Ou no momento existem somente para cumprir normativa do governo federal?Para onde vai a maior verba destinada a saúde mental em Londrina e região,para os CAPS ou pra os hospitais Psiquiátricos?
Estas são algumas das indagações que devemos fazer para que pelo menos estejamos mais preparados em situações como esta. Histórias como a destes assassinatos, ocorrem sim cotidianamente, porém em menor proporção e com menor impacto porque na maioria das vezes envolvem vitimas anônimos. Mas é preciso dar sentido para o ocorrido e a constatação é inexorável, há pouquíssimos investimentos na saúde mental, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal. Londrina, como referência para outros municípios da 17ª Regional de Saúde deve se organizar para dar suporte humanizado e resolutivo para nossa rede de atenção psicossocial em saúde mental, que hoje está agonizando!
Assim, os gestores precisam ter mais cuidado com nossa saúde, pois o quê nós usuários, familiares e trabalhadores da saúde mental temos presenciado é um verdadeiro descaso com a saúde mental.
Deixamos aqui nossos pêsames para a família da Dona Vilma também pela sua mãe e pela neta. Vilma foi sem sombra de dúvida grande lutadora social, que sempre batalhou pelo acesso ao direito à saúde e à dignidade humana!Nossa solidariedade se estende também à família do jovem Diego acusado pelo crime. Só temos que lamentar o desfecho desta história que retrata tristemente no que a negligência com a saúde mental em nosso município pode resultar. Muito triste!
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Luta Antimanicomial na prática!
Hoje senti como nós lutadorXs da saúde mental estamos no caminho certo, mesmo com muitos obstáculos, é com persistência e vontade de vencer que conseguimos romper o muro do hospital psiquiátrico. É muito bom ver quando uma associação de saúde mental nasce na contramão da ideologia dominante, é muito bom ver uma adolescente sair dos muros de sua prisão e ganhar a vida, é muito bom ver os olhares maravilhados com a magia do cinema, muitos vendo a telona pela primeira vez, isso companheiras de trabalho Tatiane Zancopé, Bruna Farias e Tânia Tanus Salvadori é a luta antimanicomial na prática! Obrigada por vocês existirem! Mais legal ainda é ver o "Ricardo de la Vega" mostrar para a gente seu sorriso, seu choro, está ai, vivendo a vida, chorando, quebrando a cara como todos nós, fora da prisão do manicômio, podendo sentir suas emoções e sentimentos aqui fora! Viva a Reforma Psiquiátrica!
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Reunião da Associação Londrinense de Saúde Mental
Olá pessoal, é com imensa alegria que convidamos a tod@s para a reunião ordinária de agosto da Associação Londrinense de Saúde Mental:
Quando: 08 de agosto as 18h30
Onde: na Sede do SOS- Rua Jaguaribe, 350
Pauta: organização finanças, comunicação e filiação e informes gerais
Saudações antimanicomiais!
Quando: 08 de agosto as 18h30
Onde: na Sede do SOS- Rua Jaguaribe, 350
Pauta: organização finanças, comunicação e filiação e informes gerais
Saudações antimanicomiais!
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Jornal do CAPSi
PROIBIDO
PINGUIM
NO CAPSi
“A Participação Popular na
Saúde Mental”
* Tânia Tanus Salvadori é Psicóloga
do CAPSi- Apucarana
A saúde no Brasil, a partir da segunda
metade do século XX, sofre grandes transformações, havia um contexto histórico
e social em que se propunha pensar e lutar pela redemocratização do país e onde
se fazia uma forte oposição ao governo ditatorial que permanecia desde o golpe
de 1968. Surgiram, então, diversos movimentos sociais que acompanhavam o
contexto histórico, político e econômico, marcado por revoltas e vontades de
mudança por parte da população.
Os movimentos da reforma sanitária (que
culminou na criação do SUS) e da reforma psiquiátrica (responsável pela criação
dos CAPS, entre outros) surgiram principalmente da organização de
trabalhadores, porém, puderam contar com a participação popular em sua
trajetória. Na reforma psiquiátrica, a participação de usuários e familiares se
deu principalmente a partir da conferência de 1987, em Bauru, onde surgiu a
luta antimanicomial.
Atualmente, a participação popular ou
comunitária é posta como um dos princípios do SUS, como forma de controle
social diante das ações do Estado, principio esse que inclui a Saúde Mental. Já
a luta antimanicomial se mantém ativa e participativa, principalmente através
das Associações de Usuários e Familiares e em suas ações como, por exemplo, a
“marcha dos usuários e familiares pela saúde mental”.
A
sociedade brasileira costuma misturar participação política com as formas de
democracia representativa presente, principalmente, nos períodos eleitorais e
ligados aos partidarismos. Tal mistura é equivocada e acaba por gerar
desencantamentos e frustrações. Por consequência disso e da falta de informação
e estimulo para que a população se aproprie de outras formas de participação
popular, o que se vê é uma frequente e crescente passividade e apatia política
e social. Tal desencanto com a política partidária é legitimo, contudo, é
preciso atentar e fortalecer as manifestações políticas autônomas e, dessa
forma, enfatizar a relevância e importância de movimentos sociais.
Com o
surgimento de diversos movimentos sociais no Brasil, surgem com eles atores
sociais que conseguem muitas conquistas nesses movimentos contestatórios e
reivindicatórios. É frequente o sentimento de superação, militância e de luta
por objetivos comuns e coletivos. A abertura política que segue no Brasil
pós-ditadura possibilita, gradualmente, a participação direta da população na
formulação de políticas públicas.
Para dar
continuidade às formas democráticas no Sistema Único de Saúde (o SUS)
formulou-se como um de seus princípios e diretrizes a participação social ou
popular, também conhecido como controle social. No intuito de regulamentá-lo
foi criada a Lei nº 8.142/90 que define o papel da sociedade na gestão do
serviço de saúde, onde os sujeitos ou atores sociais participam ativamente, por
meios democráticos, da formulação das políticas públicas de saúde. Portanto o
usuário dos serviços em saúde passa a ter o direito e dever de deliberar sobre
o planejamento, formulação, execução e fiscalização das ações de saúde, assim
como da gestão financeira e administrativa do SUS, através de Conselhos e
Conferências de Saúde. (Nunes et al, 2009). Por meio do controle social a
antiga lógica se inverte e agora a sociedade passa a controlar as ações do
Estado, com intuito de estimular a cidadania, a participação política e a
coletividade.
No que
diz respeito à participação popular, a reforma psiquiátrica se distingue da
reforma sanitária quando insere outros setores da sociedade em sua luta, seriam
principalmente os pacientes e seus familiares. Tal participação teve seu marco
no II Congresso dos Trabalhadores em Saúde Mental, em 1987, marcado pelo início
da Luta Antimanicomial. As associações
de usuários e familiares da Saúde Mental despontam a partir da década de 1980,
a fim de lutar pelos seus direitos, de afirmar sua cidadania, refletir sobre os
serviços e em prol de movimentos como a reforma psiquiátrica e a luta
antimanicomial. Surgem, também, para se pensar em formas de trabalho e geração
de renda, a fim de desconstruir o imaginário negativo, os estigmas e preconceitos
ligados àqueles sujeitos em sofrimento psíquico, os ditos “loucos”.
Nesse
sentido, as associações de usuários, familiares, trabalhadores e amigos da
Saúde Mental se apoiam nessas ideias, ao pensar no trabalho com forma de
inclusão e reinserção social. Esse paradigma segue a lógica da associação entre
iguais e não no contrato entre desiguais. Tais associações são de grande
importância já que representam iniciativas sociais de mobilização e
organização. O processo organizativo dessas associações é conduzido por laços
de solidariedade e ajuda mútua, incentivando a participação ativa e a
organização em torno de interesses comuns. As associações se tornam importantes
também, para se pensar sobre certa desorganização civil no que se refere à
participação popular, que em nosso país é um desafio já que a história muito
desvalorizou e ainda desvaloriza o saber popular e sua capacidade de
intervenção.
No I
Encontro da Rede de Saúde Mental de Apucarana, em 2012, iniciou-se a discussão
sobre a criação de uma Associação de Usuários, Familiares e Amigos da Saúde
Mental em Apucarana. O CAPSi apoiou esta ideia e assim propôs no dia 08 de
março a primeira reunião da “Associação de Usuários, Familiares, Trabalhadores
da Saúde e Amigos da Saúde Mental” que, dentre outros assuntos, vem propôr a
reflexão sobre melhorias para a Saúde
Mental, iniciar discussões sobre geração de renda e, ser assim, mais um espaço
de convivência e organização comunitária.
TODA SEGUNDA (2ª)
SEXTA-FEIRA DO MÊS
2ª Assembleia
no CAPSi – Apucarana
Rua
Dia 05/04/2013
Às 08:30hrs
Venha Participar
Também!!!
Vamos juntos
construir esta ideia!
TRABALHO EM REDE
* Eliane
Cherrite é assistente social e Coordenadora do Capsi
O trabalho em rede é a organização dos serviços
que atendem a um determinado caso, que busca uma maneira democrática, e em
torno de um objetivo comum, a busca da melhor solução em torno da problemática
apresentada. Cada serviço se mantém independente, porém as decisões são
compartilhadas. Nesse sentido o trabalho em rede permite que as informações e
soluções de problemas possam ser compartilhados por todos.
O Centro de Atenção Psicossocial Infanto
Juvenil Dr. José Pazzelo foi inaugurado em novembro de 2008, desde então vem se
articulando com a rede de serviços com a finalidade de buscar mudanças
significativas para o resgate da cidadania das crianças e adolescentes
atendidos. Os resultados deste trabalho apontam para uma redução significativa
das internações psiquiátricas e a constatação desta necessidade se concretizou
através do trabalho construído com a rede de serviços e dos cuidados aos
usuários da saúde mental do nosso município. Por essa razão, sempre respeitando
a complexidade do sofrimento mental e das formas de se lidar com ele, é preciso
pensar em soluções que possam ser abrangentes e multiplicadas.
Merece destaque no trabalho em rede executado
pelo CAPSi os cuidados com a família e o convívio na comunidade, tendo como
objetivo a autonomia do usuário.
Através de reuniões com a rede de serviços
(Núcleo Regional de Educação, CREAS, CRAS, Conselho Tutelar, C.A.M.E., Escolas
municipais e estaduais, Unidades Básicas de Saúde, Ministério Público, Casas
Lares, Autarquia Municipal de Educação, entre outros) é valorizado a adequação
do serviço de saúde mental, a ética, a inclusão, o vínculo, o lazer, enfim o
fortalecimento dos laços familiares e comunitários, dividindo-se assim a
responsabilização dos cuidados e o monitoramento. As ações têm como objetivo ampliar
e fortalecer os cuidados, buscando a
identificação de oportunidades, que venham a melhorar e apoiar às necessidades do usuário de saúde mental,
bem como de suas famílias, com a organização dos serviços, de maneira a
contribuir para que se torne independente e responsável no seu tratamento,
tendo a melhora o quanto antes possível, influenciando na qualidade de vida,
considerando a necessidade e particularidade de cada usuário em especial,
possibilitando o resgate da cidadania por meio da convivência familiar e
comunitária.
Com o trabalho em rede executado pelo CAPSi,
pretendemos contribuir para a reflexão e formação de consciência crítica e de
uma sociedade que possa assegurar o direito da inclusão e da cidadania.
Debate sobre a internação
involuntária e compulsória
* Jackeline Lourenço Aristides é enfermeira do
CAPSi
Diariamente assistimos aos noticiários de
televisão a tentativa de internação compulsória por parte do judiciário e dos
governos dos usuários de crack nas grandes cidades, tratando-as como pessoas
sem identidade e sem vontade, ou como “uma coisa só”. E, isso vai gerando no
imaginário das pessoas (familiares, mídia, profissionais de saúde, da
assistência social, escola, por exemplo) que a internação psiquiátrica é
“solução milagrosa” para o problema da droga, mas esse fenômeno não é tão
simples assim. Em nosso serviço vimos que na maioria dos casos de nossas
crianças e adolescentes, e isso não é muito diferente para os adultos, existe
um abandono emocional por parte das famílias, um vazio de perspectivas para
nossa juventude, influenciado também pela alta evasão escolar, poucas
oportunidades de inserção em práticas esportivas, culturais e de lazer
saudáveis, sobrando o desamparo. Neste contexto surge a droga para preencher o vazio
destas pessoas, principalmente na adolescência, época em que eles têm a
necessidade de pertencimento a um grupo social, e onde surgem os conflitos
próprios desta fase da vida. Se a família e a sociedade não estiverem
preparadas para o diálogo e para o acolhimento muitas destas pessoas
encontrarão provisoriamente nas drogas o conforto para a dor.
Segundo
a Lei 10.216/2001 a internação psiquiátrica somente será realizada mediante
laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. Parágrafo único.
São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: I - internação
voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; II - internação
involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de
terceiro; e III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça. Art.
7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente,
deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse
regime de tratamento. Parágrafo único. O término da internação voluntária
dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico
assistente. Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será
autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina -
CRM do Estado onde se localize o estabelecimento. § 1o A internação
psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser
comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do
estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser
adotado quando da respectiva alta.
Considerando que a Lei 10216 pontua que “a
pessoa em sofrimento mental deve ser tratada com humanidade e respeito e no
interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação
pela inserção na família, no trabalho e na comunidade”, a rede de serviços deve
estar unida e capacitada para o acolhimento deste público. O tratamento e
acompanhamento dos usuários de álcool e outras drogas deve se dar em hospital
geral como prevê a portaria 3.088 de 2011 que prevê que a Rede de Atenção
Psicossocial é constituída pelos seguintes componentes: I - Atenção Básica em
Saúde; II - Atenção Psicossocial Especializada; III - Atenção de Urgência e
Emergência; IV - Atenção Residencial de Caráter Transitório; V - Atenção
Hospitalar; VI - Estratégias de Desinstitucionalização; e VI - Reabilitação
Psicossocial .
A família deve ser (re) inserida no contexto
destas pessoas, o quê obviamente não é das tarefas mais fáceis, mas é
resolutiva, pelo menos é o que temos observado no grupo de pais de usuários AD
(álcool e drogas) realizados aqui no CAPSi. O afastamento por completo destas
pessoas do convívio familiar e comunitário é prejudicial para a adesão destas
pessoas, como tratar se o isolo?
Poesias e Depoimentos
“O CAPS pra mim é muito
interessante e também ele nos ensina tudo que a gente não aprendeu. Ensina
fazer muitas coisas, bom quando entrei aqui achei meio estranho, mas foi indo e
me acostumei agora, tem vezes que eu fico triste, mas passa, no CAPS tudo é
muito legal, inventaram o CAPS para as pessoas doentes virem aqui. Se a pessoa
precisar de ajuda ou se precisar de conversar marcam. Aqui as pessoas do CAPS
vão te ajudar muito porque eles ajudam as pessoas que estão precisando de
ajuda. Pode vir, sei que vai te ajudar muito. Ainda bem que existe CAPS, se não
tivesse seria ruim. Eu gosto de vir aqui, agora de verdade, e sei que tem pessoas que não gostam, mas pelo
menos poderiam tentar gostar, podem achar meio estranho, mas de pouco vai indo,
vai se acostumando, eu até queria não vir mais, só que tem que vir fazer o que
dá, eu vim, mas estou mais acostumada agora, eu só não gosto é de tomar
remédio, mas sei que é para o meu bem, eu tenho que tomar e eu tomo, o CAPS
para mim é muito especial e para todos é especial” (A., 16 anos)
(desenho)
Descaso
Familiar
“Dia após dia o mundo gira
cada vez mais rápido, e as pessoas cada vez mais se importam com coisas fugazes
como a ganância que domina a mente da grande maioria da população. Com esse
desejo crescente por dinheiro as pessoas tem negligenciado algo que deveria ser
a base de todo o ser humano: a família. Pais e filhos estão cada vez mais distantes
um do outro, crianças tem sido criadas por empregadas ou apenas deixadas
sozinhas em casa. Os pais sabem cada vez menos sobre como vai a saúde, a escola
ou os sentimentos de seus filhos e esse descaso torna-se um dos principais
motivos para os recentes problemas da humanidade: a depressão e o uso de
drogas. Porém, a necessidade de trabalhar não deve ser ignorada e sim
conciliada com os direitos e deveres implicados em ter uma família, para que no
futuro a qualidade de vida aumente de certa forma.” (F., 16 anos).
“O Capsi é uma forma de ajudar as pessoas, eu
acho bem interessante, o caps para mim é legal porque ajuda as pessoas com seus
sentimentos, e eu me sinto bem feliz frequentando o CAPSi. O Capsi é uma forma
de tratar as pessoas que precisam de ajuda que precisam de se abrir com alguém.
O Caps é muito importante para mim”.
(M, 14 anos)
“Então eu vou contar a minha
vida como está bem, eu quando comecei a fazer o grupo eu estava muito ruim,
agora mudou bastante coisa na minha vida, fico feliz porque a minha mãe também
mudou comigo. E, outra, tem uma coisa que eu fico feliz que ela parou de beber.
E, o CAPS é muito legal, as pessoas são legais, os pacientes ficam muito
felizes, as pessoas me agradam, conversam, trocam idéia comigo, isso resfria a
minha cabeça. Isso é o que eu sinto pelo CAPS. Essa é a foto da pessoa que eu
gosto” (S, 13 anos)
“Eu achei o CAPS muito legal
porque ensina várias atividades, a doutora coloca música, sabe aqui tem coisa
de comer, mas eu não como porque eu tenho vergonha. O CAPSi é muito grande, tem
mesas, lápis de cor, latas, rolo de papel, cadernos, revistas, livrinhos em
quadrinhos, cola, tesoura, lápis, papel cartonado e enfim. Eu queria que a
doutora me desse três revistas porque eu gosto de ler. Eu gosto de vir aqui no
CAPSi sabe porque eu viajo de ônibus de Apucarana, mas pensa no veículo que
corre muito! Eu tenho preguiça de levantar cedo porque eu gosto de ficar em
casa.”
(J., 16 anos)
Sessão
das Poesias
“ Se uma
brisa forte bater em seu rosto
e der
uma grande vontade de chorar
lembre-se
que no céu há um Deus que te guia
e na
terra alguém que te ama” (S. 17 anos)
“Não sou seu presente, nem
seu futuro, mas
fui um pedacinho do seu
passado” (S., 17 anos)
“Posso ganhar muitas coisas, posso perder
todas, mas nunca
perderei o que coloquei na
mão de Deus” (S., 17 anos)
Colar a
figura aqui da flor da Soninha
Receita
da Tia Márcia
Torta de Sardinha
Ingredientes
da massa
2 xícaras de leite
2 ovos
1 colher de sal
½ xícara de óleo
1 xícara e meia de farinha de
trigo
2 colheres de queijo ralado
1 colher de pó royal
Bater todos estes
ingredientes no liquidificador
Ingredientes
do recheio
2 latas de sardinha
2 tomates picadinhos
5 colheres de cheiro verde
2 colheres de orégano
1 cebola ralada
Modo de
Preparo: misturar o recheio no meio da massa e colocar para assar em forma
untada;
Depois
se divertir com a criançada!
*colar
aqui “figurinhas”
Oficina
de Capoeira Angola.
A oficina de Capoeira angola
acontece no CAPSi de Apucarana toda semana, no período da manhã e da tarde. Nós
treinamos música e movimentos para depois fazermos uma roda e jogamos e
cantamos. O professor “Monstro” vem do grupo “Angoleiros do Sertão”.
A Capoeira Angola é herança
da Cultura Negra e simboliza a resistência a escravidão. Foi popularizada em
Salvador pelo mestre Pastinha, mas, era praticada em vários outros cantos do
Brasil, inclusive no Sertão. Através do Mestre Claudio, Contra Mestre Xandão e
Professor Mostro chegou ao CAPSi.
A capoeira angola é
resistência, é cultura, é jogo e transformador social.
(Oficina Jornal) por: Tânia
Tanus Salvadori
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Capoeira é para aprender e
vir para o CAPSi.
A Capoeira é para aprender e
ir para os campeonatos jogar.
No CAPSi é pra aprender as
coisas e não mexer com coisa errada, por que não vai dar certo e pode ser
preso. E seu pai e sua mãe podem ficar muito preocupado, mas, faça as coisas
certo que não acontece o mal.
(Oficina Jornal) por: L, 14
anos
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O grupo de capoeira é muito
legal e divertido e a capoeira é muito bom. O professor é muito bacana e
divertido.
O CAPSi é um lugar
maravilhoso muito calmo e legal e nos gostamos do CAPSi porque eles são muito
divertidos e eu gosto muito do CAPSi.
O professor é bonzinho,
legal, divertido e eu gosto muito dele porque ele é muito tranquilo e calmo de
conversar e eu fico feliz do professor ser assim muito calmo e gente boa.
(Oficina de jornal) por: R,
16 anos
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------No CAPSi de Apucarana acontecem grupos e
oficinas diversos:
-grupos terapêuticos (como um
espaço de reflexão e elaboração dos conflitos e dificuldades);
- oficina de culinária;
-oficina de artesanato;
-oficina de relaxamento e
respiração;
-oficina de capoeira angola;
-ludoterapia e oficinas de
jogos e brincadeiras;
-grupo de apoio aos
familiares;
-grupo de apoio a usuários de
álcool e outras drogas;
-oficina expressivas e de
artes.
Fotos:
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Folheto da Luta Antimanicomial de Londrina- 2013
18 de maio
O que é a Luta Antimanicomial
O projeto iniciado na década de 70 no Brasil chamada Reforma
Psiquiátrica pretendeu mudar o local do “louco” na sociedade que sempre esteve
associado ao manicômio, para uma abordagem destas pessoas na comunidade. Seja
no lar, na família, seja nas praças, escolas, CAPS- Centro de Atenção
Psicossocial, e em outros lugares comuns para todos, como os “postos de saúde”
e grupos de convivência nas comunidades. Londrina foi por muito tempo
referência na saúde mental, sendo a primeira e a única no estado do Paraná a
ter um CAPS III, com hospedagem e funcionamento 24 horas, todos os dias da
semana, incluindo feriados.
Porém, há alguns anos paramos de avançar na Luta por uma sociedade sem manicômios, a luta antimanicomial, não
foram criados mais CAPS acompanhando o crescimento da cidade, e ao crescente
aumento do número de pessoas que desenvolvem transtorno mental.
A política de cuidados aos usuários de álcool e outras drogas precisa
ganhar amplitude com políticas de redução de danos, que a cada dia que passa
fica esquecida pelo poder público.
Faltam opções de lazer, trabalho e renda para os usuários de saúde
mental e seus familiares, não há leitos psiquiátricos nos nossos hospitais como
o HU, Hospital Zona Norte, Hospital Zona Sul. A doença mental, assim como
qualquer outra, deve ser tratada também nos hospitais comuns.
Devemos ampliar o debate da internação a qualquer custo para nossos
usuários de saúde mental e usuários de álcool e outras drogas. Nós usuários dos
serviços de saúde mental queremos ser ouvidos, não estigmatizados como pessoas
sem autonomia e que não temos condições de pensar, de sentir e de decidir. Não queremos estar a mercê de uma sociedade
que discrimina, segrega e que aprisiona nos hospitais psiquiátricos.
Este dia nos faz parar e
reviver a luta que ainda não acabou! Não à internação compulsória!
“O
quê adianta ficar num
Manicômio
se ele não te cura
O
quê adianta ficar numa
Prisão
se ela não te ajuda
A
liberdade é justa!”
*Ricardo de la Vega
Pseudônimo de um usuário do CAPSi
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NÃO JOGUE ESTE FOLHETO EM VIAS PÚBLICAS.
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