Compartilho com vocês meu artigo baseado no meu TCC da graduação, foi uma experiência que compartilhei entrevistando pessoas em situação de rua da cidade de Londrina, nele demonstro alguns aspectos da saúde mental desta população. Confira na íntegra no site: http://www.ccs.uel.br/espacoparasaude/v10n2/Artigo7.pdf
RESUMO
Os moradores de rua vivem um processo saúde-doença permeado pela hostilidade das pessoas,
violência, estresse, más condições de alimentação e higiene, convivência com a aglomeração de
pessoas e do acesso à saúde dificultado. Conhecer os motivos que levam a morar na rua, analisar o
viver e o adoecer, com hábitos de vida e agravos, compreender o significado de saúde e doença para
esses indivíduos e analisar o acesso à saúde dessa população são os objetivos deste trabalho. Para
isso, foram entrevistados indivíduos albergados em instituição na cidade de Londrina-Pr. Concluiu-se
que a maioria era composta por homens entre 40 e 50 anos e que o desentendimento e/ou perda da
família, doença e desemprego foram os motivos de ida às ruas. Problemas psiquiátricos, tuberculose e
HIV/aids apareceram nas falas com relação às doenças. O significado de saúde-doença para esse grupo
quase sempre expressa a saúde com a ausência de doença, mas também perceberam-se falas que
mostram a saúde com sentido de bem-estar e doença ligada à incapacitação. No acesso à saúde,
apesar de um contexto nacional de descaso com a saúde do indivíduo em situação de rua, apareceram
falas sobre o acesso mais facilitado graças ao programa municipal de assistência social ao morador de
rua - SINAL VERDE. Contudo, quando há procura espontânea pelo serviço de saúde, existe a barreira
do preconceito. Assim, se reconhece que essas informações denotam uma heterogeneidade de perfis e
que a equidade deve ser considerada primordial na abordagem em saúde.
Descritores: Processo Saúde-Doença; Sem-Teto; Pesquisa Qualitativa.
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